sexta-feira, 29 de abril de 2016

Rebuilding... 28/04/2016

Hoje foi um dia muito produtivo, mas é preciso entender que:
*estou finalizando uma preparação para uma ultramaratona de montanha (Ultratrail), onde vou correr cerca de 75km pela primeira vez daqui a 2 dias;
*faltam poucos dias para completar mais um aniversário;

Escolhi um livro para conduzir esse momento: "Como um místico amarra seus sapatos." (Lorenz Marti - Ed. Vozes) Esse Livro foi adquirido faz uns 7 anos... num retiro em Belo Horizonte, onde fiz a condução dos trabalhos. A esse momento se fazia um apelo ao conhecimento da mística . De uma maneira geral conduzi para a mística meus esforços no plano espiritual, mas nunca consegui avançar na leitura desse livro. Por muitas vezes me acompanhou nas viagens mas nunca consegui iniciar sua leitura. Hoje quando finalmente o iniciei experimentei um reencontro: com uma pessoa, suas raízes, um caminho, uma vida nesse caminho.


Reencontrar-me foi interessante; à medida que fui abrindo portas mentais, procurando novas direções, em cada novo compartimento que a porta conduzia lá estava Eu. Passei tanto tempo no "caminho", me esvaziando, simplificando, desacumulando, me desconectando de mim mesmo.

"Você precisa se esvaziar do que acumulou dentro de si, para poder se preencher com aquilo de que você está vazio." Santo Agostinho


Quando procurei o novo, lá estava eu! Quando procurei conteúdo e sabedoria, lá estava eu; quando pensei em algo mais elaborado, adivinhe o que havia atrás da porta? Eu! Finalmente quando procurei novos recursos, lá estava a me encontrar novamente.

Parece-me que fui deixando para trás tudo o que eu precisaria para que o mundo me aceitasse, me admirasse, me valorizasse, para estar no caminho.

"Nem tudo pode ser entendido, mas tudo pode ser vivido, superficial ou intensamente!"

Durante essa estada no caminho, pensei menos no futuro, fiz menos planos, procastinei, abneguei; tudo isso para me concentrar no momento, no agora, desenvolver a sensibilidade do instante. 

Podemos hoje encontrar mestres abençoados, mestres do quotidiano, que simplesmente fazem o que tem que ser feito.

Agora nessa curva do caminho,  quando paro para curtir o momento a vista me mostra o porvir. Um novo caminho se abre em bifurcação, há malas cheias do, que deixei pra trás. Há um ar de expectativa para que eu me reapodere dessa bagagem e siga numa nova aventura.

Alguns erram ao tentar ver algo muito especial, quando na verdade se trata apenas de descobrir aquilo que já é evidente.

Hoje essa bagagem tem um significado completamente diferente; não dispor de recursos me abriu possibilidades, me rendeu novas habilidades. Ao buscar o "menos" descobri o "mais". Tenho menos e sou mais. Uso menos conhecimento e sei mais. O não-saber adquirido no caminho, talvez seja a maior volume da bagagem, pois é justamente nele que estão as respostas para tantas situações e questionamentos. 

Não há futuro sem a compreensão e a vivência do momento presente.

Uma experiência sem dúvida ambígua tem sido esse mergulho em mim mesmo. Se por um lado reencontrar-se quando procura algo novo é surpreendente regozijante, mas ao mesmo tempo assustador pois surpreende a dimensão inesperada que eu mesmo me proporcionei.

Resta agora a dúvida das opções: permanecer no caminho, que é a minha vocação e essência, ou me aventurar no caminho do futuro, aproveitando uma nova estatura e retomando a bagagem? Seria possível essa nova condução sem abandonar a conduta já estabelecida? 

Aqui cheguei, talvez, procurando uma resposta, e me deparo com uma nova questão. 

O tempo é um místério: vinha eu estabelecendo, desde os meus 30 anos, períodos decenais de acontecimentos, calculei que a cada dez anos uma revolução acontecia, um nova pessoa surgia, um novo e bom tempo viria. foi assim aos 20, aos 30 e aos 40. hoje 4 anos depois da última virada, estou eu aqui, no olho do furacão, diante de uma nova transformação!

O reencontro com o livro, talvez apenas agora estivesse pronto para me reconhecer aquilo que busquei ser: em alguma forma imperfeita um místico. Tenho apreciado Deus, eu mesmo, as pessoas e os acontecimentos, e vivenciado esses mistérios, aprendido disso tudo e respondido a isso tudo com paz! E tenho ficado satisfeito em não ter tudo. A realidade que me impelia para o "sucesso" corre paralelamente, me assedia. O "caminho" onde me despojo e apenas aprecio e vivo segue me oferecendo mais e mais

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Pôr do Sol na Prainha de Vila Velha

Pôr do sol na Prainha de Vila Velha.

Reminiscência de família, Minha mãe nasceu nesse bairro, contemplou inúmeras vezes essa cena nos últimos instantes da "liberdade" que a tarde proporcionava sabido que o pôr-do-sol determinava o retorno aos domínios da família. Papai certamente nos anos que serviu na EAMES o contemplaria retornando das folgas para o aconchego da caserna.


Rosas de Barbacena

Essa rozeira está em nossa família há mais de 30 anos; é fruto de um costume carioca dos anos 80: "importar" as belas rosas da cidade mineira de Barbacena. Muitas vezes até o barro daquela cidade foi trazido até nós para enriquecer a terra dos vasos. Passados tantos anos periodicamente ainda podemos contemplar a beleza das suas flores e o delicado tom rosado incomparável!

Pesqueiros da Prainha

Belo registro do contraste atual entre o bucolismo da Prainha de Vila Velha e o novo centro econômico da "vila nova" de Vitória.

Bondinho na Casa da Memória

Esse vagão de bonde encontra-se estacionado na Casa da Memória, na Prainha de Vila Velha, e remete ao tempo das calças apertadas e gomalina nos cabelos; Vale a pena uma visita, quem sabe acompanhados dos pais, tios e avós e contemplar as estórias e histórias que vão ressurgir desse encontro.

Palmeira do Parque da Prainha

Essa palmeira localizada numa área quase abandonada, o Parque da Prainha, pode desaparecer do convívio dos concidadãos pelo simples fato de muitos não mais frequentarem a área ou passar a 1km dela em seus trajetos apressados do dia-a-dia; resgatada nessa foto com a "Fish-eye camera" do Pudding Camera com película preto e branco, pode emfim ser apreciada para além dos moradores resistentes, estudantes desocupados ou romeiros da Penha que ainda batem perna por aquelas bandas! 
Redescubra a Prainha de Vila Velha!



Sunrise 06/05

Hoje fui brindado com este belíssimo sol nascente às 6 da manhã, ao iniciar um novo projeto; não poderia começar melhor, esse sol que ilumina e aquece a segunda-feira é o mesmo que traz vida a todo ser! Viva a vida!